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Aquáriusul

Sou daqui deste povo que cheira a mar e sabe a fado

Aquáriusul

Sou daqui deste povo que cheira a mar e sabe a fado

Qui | 29.10.09

Caim e Abel

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A propósito da edição do livro Caim de José Saramago e das suas polémicas declarações sobre a religião em geral, resolvi publicar este capítulo de uma obra de alto valor espiritual e do conhecimento, para esclarecer o quadro espiritual sobre os filhos dos primevos pais. A intenção de José Saramago com as suas declarações a ele pertencem, assim como a responsabilidade das mesmas, “a César o que é de César e a Deus o que é de Deus”. Grato estou à ciência que nos tem desvendado o quadro da Criação e das suas leis e nos torna mais perceptível o quão magnificente é a obra do Criador; sejamos humildes pesquisadores e peregrinos, e saibamos ocupar o nosso lugar nessa obra.
Alma Lusa
Pela mensagem do Graal sabemos que a Bíblia era um livro espiritual em primeira linha, dando-nos esclarecimentos sobre factos espirituais. Muito antes do tempo de Cristo, um vidente recebeu e transmitiu, correctamente, a história de Caim e Abel. O quadro espiritual foi-lhe mostrado de tal maneira que não poderia haver dúvidas… só muito, muito mais tarde, quando os velhos textos dos videntes e profetas foram revisados novamente para que se tornassem mais “compreensíveis” aos seres humanos é que a verdade original foi tão turvada e até falsificada, que a maior parte dos seres humanos interpretavam as descrições da Bíblia como acontecimentos ocorridos na Terra.
A história de Caim e Abel não deveria ser apenas um ensinamento para que o ser humano não cobiçasse os bens do seu irmão; tampouco apenas no sentido de que não deveria matar para se apropriar dos bens alheios… tais delitos poderiam ser redimidos, se o arrependimento fosse sentido de modo intuitivo e profundo, sendo reparados também os danos. Naturalmente a extinção de tal culpa não é fácil, contudo, existe a possibilidade de uma reparação.
Mas Caim foi amaldiçoado e o Senhor, devido aos seus pecados, gravou um estigma em sua testa…esse “estigma de Caim” é o sinal de Lúcifer, mencionado na Bíblia. É a cruz torta, o “X”. quem a tiver na testa não tem possibilidade de remissão nem de libertação de seus pecados… tal pessoa perdeu a sua condição humana… a maioria dos seres humanos hoje na Terra, tem o estigma em suas testas. Isto quer dizer que estão espiritualmente mortos. Vivem ainda na Terra e na matéria fina, contudo, agora no Juízo desaparecerão para sempre também das regiões das matérias…
O quadro original recebido pelo vidente sobre Caim e Abel era o seguinte:
Caim e Abel! O vidente viu espiritualmente duas figuras humanas, que apesar da diferença exterior estavam ligadas entre si de alguma forma.
 
Caim era um tipo rústico, feio, sua cabeça desproporcionalmente grande em comparação ao corpo. Tinha também algo de brutal e ardiloso. Seus interesses eram dirigidos exclusivamente para as coisas terrenas. Tudo o que estivesse fora disso, ele combatia implacavelmente. Corporificava o ser humano preso à matéria, brutal, não obstante covarde, que adorava os seus ídolos terrenos…
 
Abel era exactamente o contrário. Belo e bem proporcionado. Também sua vestimenta era mais leve e clara. Em seus olhos brilhava o amor e a alegria de viver, eu olhar muitas vezes se elevava em silencioso agradecimento à Luz. Apesar da diversidade, Caim e Abel pertenciam-se um ao outro. Mesmo não querendo saber nada sobre Abel, Caim tinha que aturar sua presença, pois este não o abandonava. Embora ele o tratasse com todo o desprezo, Abel procurava incansavelmente despertar nele um anseio espiritual…
 
Todos os esforços de Abel eram em vão; seu amor e sua paciência aborreciam Caim. E ao mesmo tempo ele também os temia. Certo dia a voz de Abel começou a ficar mais fraca. Somente muito baixinho suas palavras exortantes chegava ao ouvido de Caim… apesar disso… Abel ainda se encontrava próximo. Ele movimentava-se apenas lentamente e parecia estar doente e fraco; até transparente e mesmo nesse estado Caim não podia suportar sua presença.
“Então Caim matou Abel e a voz do seu sangue absorvido pela Terra, clamou para o céu…”
E o Senhor amaldiçoou Caim… nesse momento tornou-se visível o sinal dos condenados em sua testa. A partir desse instante Caim foi banido do reino de Éden, o reina da Luz. Desde então, passou a viver bem longe, no reino hostil de “Nod”, que é o reino lúgubre dos renegados…
O quadro espiritual mostrado ao vidente, sobre Caim e Abel, impressionou-o profundamente. Sim, era para ele uma revelação. Pois naquela época dominava desavergonhada idolatria por toda a parte na Terra, e por toda a parte os seres humanos se combatiam e se tornavam inimigos… os bem-intencionados sofriam e procuravam os motivos da situação calamitosa.
O motivo foi o Caim dominador, o cérebro, o raciocínio. O raciocínio queria ser o senhor e não o servo. Não queria mais ouvir a voz do seu espírito. Essa voz exortante interior tornou-se-lhe incómoda…
Caim, o raciocínio preso à Terra, e Abel, o espírito ligado à Luz… Caim, o raciocínio, opôs-se tanto tempo à voz de Abel, a voz do espírito, até que finalmente o matou…
O que é o ser humano sem espírito? Matéria perecível, nada mais. Certa vez um escritor, cujo nome não lembro mais, emitiu em poucas palavras uma correcta definição. Ele escreveu:
“Quem separa a carne do espírito, obtém um resultado esquisito. O ser humano transforma-se numa estátua para a qual, na realidade, não há mais utilidade!”
Caim e Abel! Os filhos de Adão e Eva!
Adão e Eva são dois seres nos reinos da Luz que nunca estiveram encarnados na Terra; corporificam o supremo espiritual humano… o masculino positivo e o feminino negativo. O facto de Caim e Abel terem sido designados como filhos de Adão e Eva devia indicar que o quadro espiritual visto pelo vidente se refere aos seres humanos. Abel, o espírito humano, mais fino, almejando pela Luz, que no entanto se tornou indolente, e Caim, o raciocínio grosseiro, preso à Terra. Apesar de diferentes, um necessita do outro. Sem a cooperação harmoniosa entre ambos não há desenvolvimento no sentido da Luz. Consequentemente não há libertação nem ressurreição…
“Caim matou Abel, e a voz do seu sangue absorvido pela terra, clamou para o céu”
Com a expressão sangue deve-se entender o espírito. O espírito sacrificado à Terra, à matéria, ao raciocínio. O espírito que sem oposição se deixou sacrificar.
Sempre que for mencionado o sangue em um escrito espiritual deve-se entender aquilo que se acha estreitamente ligado ao espírito. Pois é o espírito que forma o sangue.
No meio da gestação, quando o corpo da criança está em formação, é que o espírito encarna. Dai então, é que o próprio sangue do corpo da criança começa a circular. Quando o espírito, por ocasião da morte terrena, abandona o corpo é que o sangue deixa de existir… o leitor encontrará esclarecimentos mais detalhados na Mensagem do Graal, terceiro volume: “O Mistério do Sangue”.
 
Roselis Von Sass
Capítulo do livro “O livro do Juízo Final” editado pela Ordem do Graal.
Dom | 25.10.09

Feiticeira

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De que noite demorada
Ou de que breve manhã
Vieste tu, feiticeira
De nuvens deslumbrada

De que sonho feito mar
Ou de que mar não sonhado
Vieste tu, feiticeira
Aninhar-te ao meu lado

De que fogo renascido
Ou de que lume apagado
Vieste tu, feiticeira
Segredar-me ao ouvido

De que fontes de que águas
De que chão de que horizonte
De que neves de que fráguas
De que sedes de que montes
De que norte de que lida
De que deserto de morte
Vieste tu feiticeira
Inundar-me de vida.
 
Dom | 18.10.09

Liberdade!

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Muitos são os caminhos do homem e só ele é senhor e detentor do rumo desses caminhos. A mente humana é em si mesma, um microcosmo, um mundo individual de valores, onde o bem e o mal se contrabalançam numa luta milenar, e ele, o homem, dono e senhor dessa mente, todo-poderoso nesse microcosmo, pode decidir que rumo tomar.

Estamos sujeitos a leis para conviver em sociedade, o que é normal e comummente aceite, senão fora assim, seria o caos, o sofrimento, a injustiça… assim também o Cosmos rege-se por leis, perfeitamente sincronizadas e actuantes. Ninguém, muito menos os que se dedicam ao estudo dessas leis, as põe em causa, disse Newton “a gravidade explica o movimento dos planetas, mas não pode explicar quem coloca os planetas em movimento. Deus governa todas as coisas e sabe tudo que é ou que pode ser feito.”

E o homem, febrilmente, continua a perscrutar o infinito do espaço, na sua demanda inefável do conhecimento. Uma força misteriosa o anima e impele na demanda da sua essência, a busca do Graal; de onde vim, porque vim, para onde vou? No recôndito do seu ser, soterrado por milénios de História, coberto pelo entulho dogmático das suas filosofias, preso pelas grilhetas das suas vítimas, o espírito clama por Verdade, por Justiça, clama por seu Deus e Senhor!

A Verdade libertará!

E seu Deus e Senhor ouve o seu clamor, por muito débil que ele seja.

Conhecer as leis de Deus é conhecer a Vida, conhecer as leis dos homens é conhecer as regras da vida em sociedade, assim como não se pode alegar, perante a justiça terrena, desconhecimento da lei, assim também não podemos alegar desconhecimento das leis Divinas que nos são dadas a observar a cada instante da nossa vida, a cada suspiro de ar que inalamos.

Cumprir com as leis de Deus é cumprir com o desígnio da vida; cumpram e vivam!

Alma Lusa

 

Qui | 01.10.09

Introdução

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Radar, televisão, usinas de energia nuclear, raios laser, viagens à lua…! Que grandeza alcançou o ser humano. Com razão podemos vangloriar-nos e ficarmos orgulhosos das conquistas da técnica! Até mesmo o espaço foi dominado pela inteligência humana!

Mas com tais considerações estamos esquecendo, com demasiada facilidade, que há muitos milénios passados, viviam seres humanos que já possuíam conhecimentos astronómicos que a nós somente se tornaram acessíveis com a invenção da luneta e do telescópio. E também as construções gigantescas levantadas pelos seres humanos! Obras que mesmo hoje, com todos os meios técnicos à nossa disposição, dificilmente poderiam ser levantadas.

Basta pensar nas monumentais arquitecturas em pedra dos toltecas e maias, e nas ruínas dos palácios dos incas na região de Tiahuanaco. Os muros desses palácios consistem em parte de blocos de pedra que pesam cem toneladas e que tinham de ser transportados de uma distância de cinco quilómetros. A região de Tiahuanaco situa-se numa altitude de quatro mil metros, a vinte e um quilómetros ao sul do lago Titicaca. Os arqueólogos ficaram perplexos, diante de muros, cujos enormes blocos de pedra estavam tão exactamente cortados e ajustados, que mesmo hoje, depois de milénios, não é possível enfiar a ponta de uma faca nas juntas. (…)

A pirâmide de Quéops também faz parte dos muitos enigmas não esclarecidos…

Nenhum arqueólogo e nenhum perito puderam descobrir até agora os mistérios dos povos da antiguidade. A maioria dos cientistas são de opinião de que nunca se descobrirá como os arquitectos da antiguidade puderam levantar as gigantescas construções, cuja execução esmerada mesmo hoje encontraria grandes dificuldades. Eles não possuíam teodolitos, nem sextantes e nem lunetas ou telescópios…

Quem ajudou os seres humanos do tempo pré-histórico? Quem os ensinou? Quem foi que os introduziu na astronomia? Eram “deuses” os seus mestres?... todas são perguntas, cujas respostas ninguém até hoje conhece…

“Deuses”! Que deuses são esses que todos os povos antigos, sem excepção, veneraram? Todos os achados de tempos passados referem-se a uma veneração de deuses, ainda hoje incompreensível. Cada lugar de culto e cada ruína de Templo dá testemunho dessa veneração… Gregos, sumerianos, caldeus, chineses, maias, incas etc., veneravam deuses, reconhecendo-os também, aparentemente, como seus mestres. Observando mais de perto, facilmente se pode verificar que no fundo, sempre se tratava dos mesmos “deuses”. Diferentes apenas eram os nomes… onde se encontram hoje esses “deuses e mestres”? Estão mortos? Se não estão mortos, porque ninguém os vê? Não é de se supor que povos tão altamente desenvolvidos como os sumerianos, gregos, maias e incas houvessem venerado produtos de fantasia, não podendo nem vê-los, nem comunicar-se com eles…

Perguntas e mais perguntas surgem dentro de nós… com razão escreve Willy Bischoff no livro “Wir und das Weltall”; “Sempre novos reconhecimentos, mas também novos enigmas, novos milagres e novos mistérios a respeito de deuses, génios… surgem…” (…)

A solução dos muitos enigmas do tempo pré-histórico temos de encontrar aqui. Em nossa Terra. Temos de seguir os rastros dos antigos deuses e perscrutar a sua origem… Platão, o sábio grego, escreveu, há cerca de dois mil e quatrocentos anos, que os deuses estavam perto dos seres humanos.

Encontrar esses antigos deuses não é tão difícil, pois continuam no mesmo lugar como outrora! São os entes da natureza, com os quais todos os povos estavam em estreita ligação, e os quais, em parte, foram por eles venerados como deuses. Gigantes e anões, os soberanos dos astros e a protectora de nossa Terra… todos eles ainda existem! Também Apolo, o “deus do sol”, tão querido por todos os povos, continua no mesmo lugar.

Os entes da natureza! Esses servos de Deus, eternamente fiéis, eram outrora os mestres dos seres humanos… e ele também os ajudavam em suas construções gigantescas. (…)

O presente livro trata da assim chamada “pirâmide de Quéops”, quem a construiu e quais os segredos que ela encerra! Ao mesmo tempo este livro tem por finalidade despertar nos seres humanos a saudade de uma época em que ainda predominavam o amor puro, a sabedoria e a alegria! E na qual ainda colaboravam harmoniosamente com os entes da natureza!

Exactamente hoje, no “século do Juízo”, em que os alicerces da existência humana estão sendo cada vez mais abalados, seria bom se os seres humanos reencontrassem os antigos deuses, os prestimosos entes da natureza! Encontrá-los em seus corações! Então talvez a existência humana, actualmente tão pobre em amor, sabedoria e alegria, recebesse novamente um brilho que afastasse todos os temores da vida!

Roselis Von Sass

Introdução ao livro “ A grande pirâmide revela o seu segredo”, editado pela Ordem do Graal.