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Aquáriusul

Sou daqui deste povo que cheira a mar e sabe a fado

Aquáriusul

Sou daqui deste povo que cheira a mar e sabe a fado

Sab | 26.12.09

Cimeira de Copenhaga

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Os senhores do mundo reuniram-se em assembleia na cidade nórdica de Copenhaga, a fim de discutirem sobre o clima, a camada de ozono, o aquecimento global e outras coisas semelhantes, que tanto do agrado são dos ecologistas e preocupação do cidadão comum. O Planeta está em risco, é uma certeza a que ninguém se furta, nem os descrentes que alimentados pela ganância nada vêem, a não ser o crescimento da sua riqueza.
Tinham por meta diminuir a emissão de gases poluentes que são lançados na atmosfera do Planeta, que é nosso e não temos mais nenhum. Verificou-se o que já se esperava, o poder das potências mais fortes, economicamente falando, e a ascensão de mais potências, que tal como as desenvolvidas e poluidoras, têm o direito a desenvolver-se para bem das suas populações.
Nenhuma nação, nenhum povo tem, porém, o direito de poluir e sujar este maravilhoso planeta, que é a nossa casa no Cosmos e propriedade do Criador, onde somos hóspedes com direito de usufruto, regrado e não selvático.
Os senhores do mundo chegaram a um acordo não vinculativo, termo oportuno para quem nada fez, com a anuência da União Europeia e o olhar expectante dos restantes países, bem como o beneplácito das Nações Unidas, a diplomacia no seu melhor. Acordo esse feito às pressas, porque alguma coisa tinha que sair da assembleia. Os interesses económicos falaram mais alto, é ensurdecedor o seu grito, mais alto do que o grito dos que lutam e preocupam-se com o Planeta, mais alto do que o grito de angústia dos desvalidos que são apanhados na fúria dos elementos, mais alto dos que sofrem na carne as consequências desses desvarios para que os senhores do mundo continuem a engordar as suas contas bancárias, estrategicamente espalhadas pela banca do mundo.
São os mordomos do universo todo, senhores à força, mandadores sem lei, eles comem tudo e não deixam nada.
Quantos pobres terão que perecer ainda para que vós, ó poderosos, possais enriquecer mais?
Vergonha sobre vós, ó poderosos deste mundo!
Alma lusa
Qui | 10.12.09

Sociedade...

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Vivemos na ilusão do passado, infância feliz, quiçá, mas que o passar do tempo, com as convulsões políticas e sociais, alteram.
No tempo da felicidade e bem-estar ninguém olhou para o lado, porque para o lado, existia sofrimento e miséria, falta de higiene e o aspecto era andrajoso, a dignidade arrastava-se nos campos da necessidade, trabalhavam para sustentar essas classes que viviam na abastança e em repúdio por quem as sustentava com o suor do seu esforço.
Os tempos mudaram e os felizes passaram, circunstancialmente, ao nível e à posição dos que os serviam, a nível económico, porque intelectualmente já o eram, com a diferença do vestuário e das bajulações.
Mandava o dinheiro, porque o dinheiro comprava a posição social, com o dinheiro eram bem servidos, fossem meros buçais ornados de lantejoulas, apaparicados por aqueles que precisavam dos trocos que estes, estupidamente, esbanjavam.
Ontem, hoje, infelizmente, o mesmo, a História nada ensinou…
Os templários de outrora são os banqueiros de hoje, o mesmo sistema… mais moderno, mais cuidado…
Assim foi no passado, assim o é no presente… e o futuro?
Poderá ser diferente se o homem introduzir no seu comportamento o Amor, olhar para o seu próximo como um igual, independentemente do estatuto e da classe, cultivar a beleza, a educação e o conhecimento; se assim fora, não haveria necessidade de políticas e políticos radicais e extremistas.
Poderá ser diferente se o homem erradicar a Ganância e tornar-se mais prestimoso, criar um sistema produtivo e social, mais adequado ao Planeta e à Humanidade. Sincronizar-se com os ritmos da natureza e usufruir do que ela nos oferece a cada dia que passa, em respeito pelo seu Criador.
Poderá ser diferente se o homem quiser e criar Bem-aventurança para si e para seus semelhantes!
Respeitem o Planeta, não temos mais nenhum…
Alma Lusa
Sex | 04.12.09

Amostra sem valor

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Eu sei que o meu desespero não interessa a ninguém.

Cada um tem o seu, pessoal e intransmissível:
e com ele se entretém se julga intangível.

Eu sei que a Humanidade é mais gente do que eu,
sei que o Mundo é maior do que o bairro onde habito,
que o respirar de um só, mesmo que seja o meu,
não pesa num total que tende para infinito.

Eu sei que as dimensões impiedosas da Vida
ignoram todo o homem, dissolvem-no, e, contudo,
nesta insignificância, gratuita e desvalida,
Universo sou eu, com nebulosas e tudo.

António Gedeão